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Carlos Urbim

Foto de Adriana Franciosi

Excelentíssimas autoridades presentes aqui no Sancho Pança.
Senhoras, senhores.
Queridas crianças que gostam de ler.

Viva quem sente o prazer que vem da leitura!

Viva a literatura infantil!, que nasceu com Andersen, passou por Lobato, Verissimo, Quintana e chega feliz ao Cais da 55ª Feira de Porto Alegre.

Quem escreve para crianças traz junto as cores e os traços dos artistas que se tornam co-autores. Sou agradecido a todos os que imprimem informações visuais em meus livros. Na companhia desses artistas, os escritores de livros infantis botamos nas escolas, ruas, praças e nos palcos o animado Bloco da Alegria de Ler.

Viva quem ama a literatura! Nossos livros se tornam importantes quando recebem sons e movimentos nos palcos, nas telas do cinema, da televisão e dos computadores. Pintores, desenhistas, atores, músicos, cineastas, animadores e videoprodutores, muito obrigado.

Devo agradecer também aos professores e aos jornalistas que, desde o curso primário até a mais recente redação, me forneceram os instrumentos do ofício de escrever.

Principalmente sou grato a três pessoas, as mais importantes de minha vida: meus filhos, Emiliano e Glauco, a quem comecei contando histórias. Sem eles não teria me tornado escritor. A outra pessoa especial é minha mulher, Alice. Ela há de carregar nós três no colo pela vida inteira.

Ser patrono desta Feira é a maior honraria a que pode aspirar quem trabalha com livros. Agora posso sonhar mais alto. Quero, tão breve seja possível, contar histórias para os netinhos que a Amarílis e a Aline estão demorando para me dar. Pretendo encarar o futuro sorrindo. Espero as páginas virtuais do novíssimo Kindle, nelas quero ver pandorgas, guris daltônicos, bolachas Maria e gadinho de osso de mocotó em terceira dimensão, em holografias. Não é delírio, a tecnologia nos surpreende a cada semana. Será como se Uma graça de traça saltasse das páginas de papel e viesse aqui agora, em carne e osso.

Biblió, vem me ajudar neste sonho bonito!